Eu vou trazer para o palco da vida Eu vou descer à Chácara |
Morreu a que terá sido a figura mais materna - por isso tão solidária e carismática - do movimento emancipador contra a opressão colonial nas possessões africanas portuguesas. Alda Espírito Santo tinha 83 anos.
António Loja Neves (www.expresso.pt)
15:37 Quarta-feira, 10 de Mar de 2010
Obra poética:
O Jogral das Ilhas, 1976, São Tomé, e. a;
É Nosso o Solo Sagrada da Terra, 1978, Lisboa, Ulmeiro.
António Pedro Ferreira Sobretudo, foi um dos esteios da implantação do ensejo da "reafricanização dos espíritos", como dizia o seu camarada Amílcar Cabral quando ambos fundaram em Lisboa, com Mário Pinto de Andrade, Francisco José Tenreiro, Marcelino dos Santos e outros, o CEA - Centro de Estudos Africanos, estrutura que - ainda mais do que a Casa dos Estudantes do Império, que também frequentavam - foi instrumento de formação das jovens consciências emancipadas no início da década de 50. Depois ela teve que interromper estudos e regressou a São Tomé, sempre defendendo perseguidos, acalentando desassossegos, criando esperanças.
A jornalista e poeta são-tomense Conceição Lima escreveu, nos 83 anos de "Mais Velha" Alda:
"Brincámos, descalços, na orla das praias por ela sonhadas, navegámos a largueza do poema. Moldámos concretas utopias, no âmago da praça plantámos a raiz do verso". Esse percurso fizeram-no são-tomenses, angolanos, cabo-verdianos (que lhe entregaram, há muito, a insígnia de Combatente da Liberdade da Pátria), guineenses, moçambicanos, portugueses... calcorreando o caminho alumiado pela poeta da tão antiga casa da Chácara. Luto nacional durante 5 dias Alda Espírito Santo, autora do hino nacional de São Tomé e Príncipe morreu dia 9, em Luanda, Angola, de complicações da diabetes. O Governo são-tomense decretou cinco dias de luto. |
in http://aeiou.expresso.pt/alda-espirito-santo-1926-2010=f570091,
[acedido em 13/03/10]
--- Homenagem no painel da BE ---
animação a cargo do professor Rafael Tormenta