Inserida na comemoração da Semana da Leitura, dedicada ao Mar, decorreu mais uma Sessão Júnior à Volta dos Livros, alusiva à temática das Pescas: como são capturados e chegam até nós os alimentos do mar, proferida pelo Prof. Paulo Vaz Pires, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Esta palestra, a que assistiram interessadamente as turmas do 8º ano, baseou-se no livro oferecido à BE-ESOD Que comemos, de Pere Puigdomènech Rossel, tradução de Paulo Vaz Pires, editado pela Universidade do Porto.
O Prof. Paulo Vaz Pires iniciou a palestra com uma referência detalhada acerca da Universidade do Porto, desde a sua edificação, evolução, alargamento das faculdades, cursos, população estudantil, às mais-valias das novas instalações. Fez igualmente o convite à participação nos cursos que a Universidade Júnior disponibiliza a todos os interessados para se informarem acerca de uma determinada área durante uma semana. Pela reitoria da UP, o prof. Vítor Silva fez a oferta de folhetos de divulgação deste serviço da Universidade.
De seguida, o Prof. Paulo Vaz Pires passou a apresentar o tema em apreço, explicitando como é que as pescas contribuem para o pescado que se consome, quer proveniente do meio natural, o mar ou águas doces, quer da aquacultura, esta última em menor percentagem.
Seguiu-se a explanação de todos os métodos de captura do pescado, em particular os mais utilizados em Portugal, os princípios de funcionamento de cada um deles, o seu respeito pelo ambiente e pelo pescado, o circuito que normalmente seguem e a sua relação com a qualidade final do pescado obtido. Foi igualmente aludida uma perspetiva do futuro da pesca e do muito relevante papel da aquacultura nesse futuro, uma vez que Portugal, sendo o 3º maior consumidor de pescado do mundo, consome muito mais do que o que pesca. Este facto tem a ver com o tipo de alimentação mediterrânica seguida pelos portugueses, que se sabe ser das mais saudáveis a nível mundial.
No final, como ideias principais, o Prof. Paulo Vaz Pires destacou que: a pesca remonta aos primórdios dos tempos; o pescado deve ser incluído na dieta saudável dos portugueses, conhecida como a dieta mediterrânica, pois previne doenças em idades avançadas; a pesca deve ser feita de um modo sustentado, recorrendo-se à aquacultura.
Esta palestra foi muito proveitosa, como se pode constatar por alguns comentários abaixo divulgados, recolha digital da profª Andrelina Silva.
Aqui agradecemos a disponibilidade manifestada pelos intervenientes da Universidade do Porto, bem como a colaboração das professoras acompanhantes, Isabel Paiva e Lurdes Anacleto.