sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pe. António Vieira (1608-1697)

Há citações muito interessantes da autoria do Pe. Antº Vieira. Aqui deixamos algumas para apreciares e dares a tua opinião:

  • "Quem não pergunta, não quer saber,
    Quem não quer saber, quer errar."

  • "Para falar ao vento bastam palavras;
    Para falar ao coração são necessárias obras."

  • "Uma coisa é expor, outra é pregar;
    Uma ensinar e outra persuadir."


    Se encontrares outras citações que consideres interessantes, partilha-as, enviando-as para este blogue.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

DECLARAÇÕES DE AMOR...

ESCREVE UMA DECLARAÇÃO DE AMOR coraçoes

uma página de um diário, um poema ou um texto em prosa...

segue estas indicações

proib
É proibido:

  • utilizar qualquer forma dos verbos amar e gostar
  • ultrapassar 10 linhas

obrig
É obrigatório:

  • evitar "frases feitas"
  • utilizar uma frase exclamativa e uma frase interrogativa

Queres inspirar-te? O Amor é uma Estupidez, Martin Casariego Córdoba

"Tenho a certeza que o amor é uma estupidez. Torna as pessoas meio estúpidas e muda-lhes a maneira de ser e se calhar torna-as mais felizes, está bem, mas isso não muda nada e é claro que não torna inteligentes os que já são estúpidos. Quando vou na rua e vejo alguém com um sorriso parvo estampado na cara, penso: este fulano deve estar completamente apanhado da pinha, mas às vezes, quando estou em maré de indulgência, acrescento para mim: ou completamente apaixonado. Concordo que as declarações de guerra ainda são piores do que as declarações de amor, mas isso não impede que as de amor sejam uma estupidez. Além disso, as declarações de amor podem acaber em guerra declarada ou por declarar, como aconteceu com os pais do Sérgio. Quem tiver adivinhado que estou apaixonado e se considere muito esperto e inteligente, elementar caro Watson por isso, com certeza que é um convencido, e se pensa que sou estúpido, ainda por cima é imbecil, porque pode acontecer a qualquer um apaixonar-se e ninguém está a salvo. Eu, para não ir mais longe, apaixonei-me pela Sara sem querer, comecei a gostar dela sem querer. (...)
Ao entrar na aula reparei numa rapariga nova que se tinha sentado na primeira fila e pensei que se tinha sentado ali por ser a única em que havia dois lugares livres. Tinha uma razão muito diferente, mas eu ainda não podia saber. Era a Sara, claro. Tinha o cabelo louro. A mim, tanto me faz que uma rapariga seja loura ou morena e isto não quer dizer que goste de todas, mas sim que não tenho nada contra as louras nem contra as morenas e passei meia hora da aula a tirar apontamentos e a outra meia hora à espera de conseguir ver a cara da nova.
- João - chamou-me a atenção o stôr de Geografia, que às vezes salivava de mais e então parecia um regador e os da primeira fila canteiros de hortênsias. - João, tens alguma coisa?
O stôr de Geografia conhecia-me do ano anterior e gostava de mim, não sei porquê. Eu também o curtia e acho que também não sabia porquê, embora se calhar era por ele gostar de mim.
- Não - disse eu, e corei porque sou um dos três mais tímidos da turma.
Então a chavala nova voltou-se e vi finalmente a cara dela. Juro que me sorriu durante meio segundo e que ela também corou."